Ele não desiste. Ele resiste.
Ontem, todos os canais de televisão, sem excepção, dedicaram largos minutos dos seus noticiários a um almoço organizado por José Sócrates (ou alguém por ele, dá igual), destinado a homenagear e apoiar… José Sócrates (quem mais poderia ser?!).
25 euros por cabeça.
Não vou comentar o que se disse - e as enormidade que o próprio disse - no decorrer do repasto. Limito-me a algumas perguntas.
Estas: homenageia-se José Sócrates por que motivo? Ganhou o Prémio Nobel? Ou o Prémio Pessoa, vá? Salvou um gatinho aflito num telhado? E o apoio, é um apoio a quê? Ao facto de presumivelmente ter andado a movimentar uns milhões de euros sem explicação plausível e com destino duvidoso? Ao facto de, ainda assim, e mercê de uma atabalhoada investigação, ter sido libertado (não inocentado ou absolvido, convém sublinhar) ao fim de um ano? Apoio à circunstância de continuar a ser arguido dos diversos processos em curso?
Ou será que é um novo candidato presidencial? Ou quer substituir António Costa no PS?
Não percebo.
Eu também juntei umas centenas de pessoas, há um ano, num bar de um amigo. Mas não havia preço fixo - cada um pagava só o que consumia… - e tinha uma boa razão: eu fazia 50 anos.
Não percebo a razão de Sócrates. Fará 60? Ou persiste apenas em fazer de nós - os que não foram ao almoço, mas seguem as noticias sobre os milhões voadores - parvos?
Cá para mim, é isso.