Eles continuam a brincar aos partidos
Ontem, Lisboa paralisou com a tempestade inesperada e as consequências do costume: lagos, rios, inundações e bombeiros. Nada que não vejamos regularmente nas noticias vindas de países civilizados, e até mesmo habituados à chuva, como o Reino Unido ou a França.
Mas naquele jogo da “apanhada” que o PS decidiu tristemente exibir, a tragédia (sim, muita gente teve prejuízos elevados, não é coisa para se brincar, digo eu…) foi transformada em arma de arremesso por António José Seguro, que declarou que o país exige um primeiro-ministro para todas as estações e não apenas para quando há bom tempo…
Ironizou com a desgraça alheia, brincou com uma imprevisibilidade da natureza, e até revelou ignorância: desde que foi reestruturada a organização administrativa da cidade de Lisboa, passou para as Juntas de Freguesia a competência da limpeza e manutenção das sarjetas e sumidouros, bem como das vias publicas…
Ora, se Seguro quer vir a ser primeiro-ministro não pode falhar três itens essenciais: ter postura de estado quando há calamidades, não brincar com a miséria alheia, e não revelar ignorância em matérias essenciais. Conseguiu fazer o pleno da asneira. António Costa não alinhou na brincadeira, mas não ficou melhor na fotografia: enquanto Lisboa submergia, manteve-se paulatinamente em Coimbra, fazendo campanha. Estão ou não estão a brincar com isto tudo?