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Jul15
Nunca me canso das estradas do Alentejo
Nunca terminam nem começam. Vão em frente mesmo quando curvam. Dão espaço. Dão tempo. E são parecidas com a vida: vão-se percorrendo, aqui e ali com uma surpresa inesperada; quase sempre até onde a vista alcança; mas enganadoras, às vezes não deixam ver para lá da curva.
Nunca me canso das estradas do Alentejo, porque me sinto em casa quando as percorro. Como se nunca as tivesse abandonado.
Não é verdade, mas parece.