08
Dez15
Pausa (com devaneio dentro)
Gosto de dias de caminhos sem destino. Ou de destinos sem caminho. Não é o mesmo, mas vai dar ao mesmo sitio.
Gosto de dias em que, por momentos, me sinto livre, em que a nada sou obrigado, em que a ideia de viver em sociedade - que me agrada e onde frequentemente sou feliz - deixa de existir. Sobra o caminho, e mais nada.
Não gosto das estações frias - mas reconheço que é neste tempo que se consegue andar à solta pelos caminhos onde só há começo.
O fim não é uma evidência - é apenas uma maneira de controlarmos os nossos impulsos de liberdade e limitarmos o desejo de sermos quem somos. Não gosto. E não me rendo.