Pensamento com NIF?
Há um novo imposto sobre os sacos de plástico que, em nome da sustentabilidade e do ambiente, aumentou a receita do Estado (ou permite-lhe que continue a gastar mais do que pode). Mas, ao mesmo tempo, criaram-se leis e decretos que obrigam à impressão em papel de facturas, com ou sem numero de contribuinte - ou nas duas formas, que ainda é mais estapafúrdio. Até as declarações anuais de rendimentos dos profissionais livres são emitidas em papel e enviadas por correio para casa dos contribuintes.
Exemplo banal: pago diariamente 65 cêntimos por um café cujo recibo que me dão mede 70 centímetros quadrados. Adorava que alguém fizesse contas sobre o peso da sustentabilidade e do impacto ambiental desta parvoeira que o Governo inventou para controlar e cobrar impostos.
Somos cada vez mais digitais, cada vez mais ecológicos, saudáveis e defensores do ambiente - tanto quanto assistimos, impávidos e serenos, a este absurdo do papel impresso por todo o lado em facturas e recibos.
Amanhã taxam-nos o pensamento e obrigam-nos a imprimi-lo, não vá fugirmos ao imposto sobre o que nos passa pela cabeça. O pensamento leva NIF ou pode ser factura simplificada?