Pequena nota sobre as novas formas de fazer publicidade
Por causa de um programa de televisão que gravei no Porto, marquei via-internet, algumas vezes, um hotel para dormir em Gaia. Já foi no ano passado.
Por causa de uma amiga que passou cá por casa e queria combinar com outra amiga uma viagem a Cabo Verde, o meu computador foi usado para marcar um voo e um hotel para a cidade da Praia.
Até aqui tudo normal.
Menos normal é que, em ambos os casos, não haja, desde aí, um cabrão de um dia em que não receba um mail, ou anúncios em páginas de internet, ou bandas laterais no Facebook, com perguntas idiotas como:
- Pedro, e que tal um fim-de-semana em Gaia com 50% de desconto?
- Ultima oportunidade: vá para Cabo Verde esta semana!
- Gaia espera por si por apenas 20 euros!
- Voar para Cabo Verde é um sonho e custa apenas 100 euros!
Ora…
Ora, eu não quero ir passar fins de semana a Gaia, não estou a pensar viajar para Cabo Verde nos tempos mais próximos, e fico tão incomodado com estas mensagens que até admito que a remota hipótese de me apetecer ir, nos próximos tempos, a Gaia ou a Cabo Verde, fique hipotecada por conta desta intrusão digital no meu pequeno mundo pessoal.
Chama-se a isto publicidade contraproducente. Duma forma mais rude: que se vira contra aquilo que pretende vender. Falta muito para chegarmos a um qualquer ponto de equilíbrio?
Enquanto a coisa vai e vem, deixo-vos com este anuncio. Feito agora, mas à maneira de antigamente. Emocional e como deve ser.
(... E agora vou dar uma volta. Que não passa por Gaia, nem por Cabo Verde. Mas “eles” não sabem, porque não marquei pela net…)