Talvez o mais feliz título de jornal deste ano...
Está no Ípsilon de ontem. Fotografei assim e gostei da ondulação da imagem, por isso não corrigi. Mas na verdade convocou-me um poema de José Gomes Ferreira que marcou a minha juventude.
Não consigo ver agora, como então via, as virtudes da “reforma agrária” que inspiraram o poeta (pelo contrário, sei quão adiado foi o Alentejo por causa desses anos de brasa) - mas na medida em que me sinto, depois de lisboeta, alentejano, recupero um bocado desse poema. Este:
“Nunca vi um alentejano a cantar sozinho
com egoísmo de fonte.
Quando sente voos na garganta,
desce ao caminho
da solidão do seu monte,
e canta
em coro com a família do vizinho”.
E é verdade.